quinta-feira, 17 de novembro de 2011

XI - XV (meus irmãozinhos)

XI

Vão preconceito que todos tem e negam ter.

XII (Delarge)

Deitei-me na cama, aprofundei-me em um sonho, encontrei-me com ela, mas nessa vez, sem o me. Chorei-me, em lágrimas que não queriam se secar-me. Sem vontade de acordar, acordei-me, com o sonho assassinado, em torno da minha intimidade, oração, esperança, a íntima descrença e...

XIII (Delarge)

Até quando serei um príncipe? Sim, um príncipe. Não de um conto de fadas... mas o que vive nele: sem naturalismo, com um amor efêmero-vegetariano em itálico. Com outros ao meu redor, também amando... amandie... à mademoiselle.

XIV (Delarge)

Tudo que eu vi...
tudo, tudo e eu me escolher...
ao ver-me em um abismo...
nada de escutar...

XV (Delarge)

Antipatia é o que tenho... tenho antipatia com a vida, então olho para a janela... tenho antipatia com a morte e não sei voar, por isso desisto de me jogar... então vou me matando aos poucos... porque por mais que eu tenha antipatia com a morte, não tenho antipatia com me matar aos poucos, mas quando alguém faz isso comigo...
Tenho antipatia com o sonho, por isso acordo.
Tenho antipatia com comida, mas também tenho com a fome.
Tenho antipatia com livros, mas também tenho antipatia de não estar lendo...
Tenho antipatia com o amor, que é o tempero, que faz parecer que eu amo mais...
A antipatia é o que tenho, é uma aversão selvagem: instintiva.